A verdade é que estamos vivendo um período de muita briga no Brasil (não apenas no Tokusatsu, é claro). Tudo agora é "hater", o que na prática não passa de um sujeito que quer criar confusão ofendendo uma outra parte. Mas até onde essa questão toda pode ir?
Primeiro de tudo, para os usuários do site que não frequentam o Facebook e não davam bola para o Orkut, existe atualmente uma "divisão" entre os fãs de Tokusatsu no Brasil. Uma separação perigosa, por assim dizer, pois divide o pouco público que pode consumir uma série ou filme Tokusatsu que venha oficialmente para cá (e empresários notam essas coisas).
Existe a parcela de fãs que foram da "Geração Manchete" (como este redator que vos escreve) e tiveram a felicidade de acompanhar o boom de séries da época no fim dos anos 80. Ou seja, vimos Jaspion e Changeman estreando, todas as séries que vieram depois, e até mesmo a "bagaceirice" executada pela Rede Globo em suas péssimas dublagens de séries trazidas pela Oro Filmes, como Gavan, Sharivan e Shaider, no projeto global de combater a audiência da Manchete a qualquer custo e sem consideração pelos fãs.
Ícone para uma geração, a luta de Jaspion vs MacGaren
ainda mantém uma legião de fãs fervorosos no Brasil
Após aquele período, assistimos com certa tristeza ao fim da Rede Manchete e à transformação de suas bases no que é atualmente a RedeTV! (que chegou a exibir de forma duvidosa em seus primeiros momentos, algumas séries Tokusatsu que se encontravam na Manchete), para então podermos afirmar que a era do Tokusatsu no Brasil havia acabado.
Neste período, até mesmo a produtora Toei Company deu uma parada em Kamen Rider, para só voltar com Kamen Rider Kuuga no ano 2000.
Quando os fansubs surgiram no Brasil (em que um exemplo é a SuperHeroBR, entre outros da época), séries foram sendo trazidas com muito custo e o público gostou da novidade.
Mas, com o advento das redes sociais (Orkut e agora Facebook), o público acostumou-se a ter algo fácil e grátis por meio dos fansubs que só faziam crescer, e, junto a isso, começaram a surgir os que defendiam que os fãs rejeitassem séries novas para que utopicamente houvesse um espaço para o retorno das séries da Manchete à TV aberta brasileira.
O Canal Resistência Tokusatsu publicou o vídeo acima, que propiciou
a expansão desta discussão
Então as ofensas ao padrão novo das séries, sobretudo da Toei Company, passou a ser muito grande por essa parcela de tokufãs, que acabava convencendo mais alguns, criando assim a referida divisão entre quem gosta do novo e do antigo. Kamen Rider Kuuga é hoje dito por essa parcela que é fraco, Kamen Rider Den-O, que o protagonista é "gay", Kamen Rider Kabuto, que ele é chato. Super Sentai que é infantiloide e só feito pra vender brinquedos.
Já o outro lado passou a chamar o público que defende apenas as séries da era Manchete de "Viúvas da Manchete", entre outras coisas bizarras e inúteis.
No fim, o que temos? A certeza de que o Tokusatsu não vai voltar à TV aberta porque existe uma lei brasileira (sacana, na minha opinião) que impede a publicidade em programas infantis. Logo, as emissoras não têm mais interesse em séries caras que não darão retorno algum. E o SBT, único corajoso a insistir na programação infantil, possui acordo com Warner Bros. e Disney, exibindo os enlatados americanos que pra nós não passam de uma sombra das animações maravilhosas que foram Thundercats, Transformers, Pole Position, A Nossa Turma, Ducktales, etc. lá pelos anos 80/90.
Após
anos desde sua atuação como Kamen Rider N.° 1 na série que deu origem à
franquia, o ator Hiroshi Fujioka volta a viver o personagem no filme
Ichigo/Ghost, proporcionando uma torrente de emoções que de certa forma interligam o antigo e o novo
Vale um adendo aqui, pois, muito antes do referido boom da Manchete, nos tempos da saudosa TV Tupi com o programa do Capitão Aza, séries Tokusatsu eram exibidas. Desta geração de fãs nunca saíram essas questões ofensivas. Eles gostam ou não, simplesmente. É onde muita gente hoje poderia se espelhar afinal.

Na época de sua exibição, a cena do chuveiro entre Issamu e Nobuhiko
não era vista como uma questão homossexual.
Estas batalhas inúteis deveriam terminar. A maior parte de nós tem em média 30 anos de idade. Adultos somos e não crianças sem lógica. O Tokusatsu não vai voltar à TV, a Rede Manchete não vai voltar de jeito algum, as séries atuais não são "gays" (até porque a cena de Issamu Minami com Nobuhiko no banheiro - acima - também poderia ser chamada como tal, analisando por essa ótica), e Tokusatsu novo ou antigo é um entretenimento que serve a todos nós, que dependemos mais dos fansubs hoje em dia para termos acesso a toda a variedade. E, quanto mais apoiarmos o streaming oficial, melhor poderá ser para o release oficial de mais séries por aqui.
Querem conhecer os canais oficiais de Tokusatsu legalizados no Brasil?
Então acessem Crunchyroll e Wow!Play.
O site de streaming Wow!Play é um grande aporte no Brasil para
conteúdos Tokusatsu e asiáticos em geral.
Opções de fãs, como o nosso Tokutube, servem apenas para séries sem direitos autorais no país, e não exibem Ultraman, Jaspion, Changeman, Flashman e Jiban justamente para impulsionar o streaming oficial.
Importante: O termo "gay" usado neste post opinativo não tem qualquer intenção de ofensas, ou de denegrir o homossexualismo em si. A questão é que os fãs usam este termo para se referir a séries atuais, então o retratamos assim para que a mensagem seja divulgada corretamente.
Esta matéria teve revisão de Eiji
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6 Comentários
Os action figures do Jaspion estavam aí. Muita gente comprou. Mas tenho certeza que a grande massa não se sacrificou.
Estamos divulgando o wowplay. OFICIAL Jaspion e outros.
Tomara que estejam assinando, então. Mas vejo muita gente quieta. Só comentam "ai que saudade...", mas ninguém se coça pra nada.
Está aí o meio tokufã. Qualquer empresário está vendo.
Ano passado fiz um post desabafo mencionando sobre isso hauahuhauhauhauua xD
Cuidado ao passar esses equivocos para o publico.
Saindo disso eu nem ligo mais para a comunidade pois eles tem um ego enorme e não são humildes.