Entrevista com Ricardo Cruz



Esta é uma entrevista cedida à Tokufriends por Ricardo Cruz, recuperada da outra versão de nosso site, mas atualizada com alguns dados, como foto e o seu mais recente vídeo.



Tokufriends - Nome completo, idade e local de nascimento?
Ricardo Cruz-  Ricardo Schiesari Barreto Cruz. Nasci em São Paulo, capital.

TF - Antes de falarmos sobre sua carreira musical, você curtia um Ultraman, Jaspion ou alguma outra série tokusatsu?
Ricardo Cruz – Nossa, pra caramba. Sou da geração Jaspion, lembro muito pouco de ver a família Ultra na TV. Mas curto muito Tokusatsu em geral.

TF - Onde você começou a se interessar em aprender sobre a cultura e o idioma japonês?
Ricardo Cruz – Quando era pequeno, ficava brincando de copiar kanjis, os ideogramas chineses, e inventar significado para eles. Com uns 15 anos começei a frequentar uma escola de japonês e com 17 fui fazer intercâmbio para o Japão.

TF - Animes e mangas, qual sua opinião sobre estas produções japonesas?
Ricardo Cruz – Acho que são poderosas fontes de entretenimento que estão conquistando cada vez mais o mundo inteiro. A sofisticação dos enredos e a variedade dos temas que eles abordam atingem pessoas de todas as idades, não só crianças.

TF - Hironobu Kageyama é um mestre, pelo menos para quem curte séries japonesas. Como foi que você entrou para a banda dele, e mais ainda, o que sentiu quando recebeu a boa notícia?
Ricardo Cruz – Foi uma grande emoção. Mandei uma demo minha para ele ouvir e não com o intuito de participar de concurso. Ele curtiu a minha voz e me colocou nesse concurso, que acabei ganhando. Foi uma grande felicidade poder participar e, principalmente, ganhar esses professores tão especiais com quem eu sempre aprendo demais.

Foto mais atual do cantor


TF - Chegar no Japão também é algo genial, pra quem é otaku, tokufã, e pra quem curte visitar lugares maravilhosos. Em seu primeiro momento livre, visitou algum lugar especial? Qual?
Ricardo Cruz – Sou fã dos templos de lá. Toda vez que vou para o Japão preciso passar em um para pensar na vida e agradecer por tudo que consegui e estou conseguindo.  Passo mal no bairro eletrônico de Tóquio Akihabara, hehehe. Da última vez não resisti e comprei um lap top lá, bem mais barato que no Brasil. Ah sim, tem os restaurantes também. Eu tenho alma de gordo, se deixar fico comendo o dia inteiro!

TF - Como administra o fato de trabalhar com Hironobu Kageyama e ter sua própria banda?
Ricardo Cruz – Não é nem um pouco difícil, com o Jam o trabalho rola quando estou no Japão só, pois é lá que eles atuam.

TF - Aqui no Brasil você já cantava antes de ir trabalhar com ele? Falando nisso, como ele é pessoalmente?
Ricardo Cruz – Sim, cantava em alguns eventos. O Kageyama é uma pessoa maravilhosa. Parece o maior clichê dizer isso, mas no caso dele é de coração mesmo. Sinto que ele aposta muito em mim, acredita muito no meu potencial. Me da bronca quando precisa dar, elogia quando tem que elogiar, dá conselhos, as vezes pede alguns... Me sinto conversando com meu pai, é o mesmo carinho.

 Ricardo Cruz tira como com Daniel Tsuruji, um tokufã e cosplayer conhecido


TF - Existe ainda alguma música que você não cantou, e que em alguma oportunidade deseja cantar?
Ricardo Cruz – Hum... Tem várias. Entre as do JAM, gostaria de cantar a Meikyu no Prisioner.

TF - Fala-se muito que o público japonês acaba não curtindo o Tokusatsu como nós curtimos aqui no Brasil. Que você saiba, isso é verdade?
Ricardo Cruz – Hum... Não sei disso não. Acho que eles gostam bastante sim. Quem te falou isso? (risos)

TF - Qual a média de público nos shows japoneses?
Ricardo Cruz – O do Jam, em Tóquio, foram 2500 pessoas, acho. Lotação esgotada.

TF - Já se apresentaram em outros países que não o Japão? (especificamente Tailândia, Filipinas e Indonésia, outros grandes redutos de tokufãs na Ásia)
Ricardo Cruz – Não, ainda não. Mas acho que vai rolar.

TF - Uma pergunta curiosa. No Brasil tem “Marias Chuteiras” de montão (geralmente para jogadores de futebol e cantores sertanejos). Como é a fã japonesa, ou mesmo a mulher japonesa atual?
Ricardo Cruz – Elas acompanham cada passo dos atistas. Como são fãs antigas dos artistas do Jam, elas são mais velhas. Com certeza as fãs brasileiras são mais atiradas (risos). Mas tenho que ficar mais lá pra sentir na pele (opa) como funciona a relação artista-fã (risos).



O clipe atual do cantor, On The Rocks, qualquer semelhança com Tokusatsu não é mera coincidência. 
 

TF - Tem alguma opinião sobre as adaptações americanas, lideradas pelos Power Rangers?
Ricardo Cruz – Apesar de não gostar de assistir, hoje elas são parte da história dos Tokusatsu, Power Ranger está no ar nos EUA há mais de dez anos, é sem dúvida uma marca de sucesso. Mas bem que as séries originais poderiam ser exibidas aqui, né? hehehe

TF - Você conhece algum tokusatsu nacional? Caso sim, qual sua opinião sobre alguma série em especial, ou mesmo o gênero?
Ricardo Cruz – Conheço sim, um monte! Eu apoio muito que o pessoal faça seus próprios heróis. Gostaria de criar um veículo para divulgar melhor isso.




TF - Você esteve aqui em Porto Alegre, no evento Anima Weekend. Já tinha visitado a região? E o que achou da recepção de seu show?
Ricardo Cruz – Já estive em Floripa. Gosto muito do sul do Brasil. Adorei a recepção e quero voltar muitas vezes.

TF - Você escolheu um repertório que agradasse aos públicos tokufã e otaku, mas a escolha do tema da série Madan Senki Ryukendo não te deixou apreensivo quanto à recepção do povo?
Ricardo Cruz – Na verdade, não fui eu quem decidiu o repertório. Achei que pouca gente fosse conhecer (pouca gente conhecia, de fato heheh), mas é uma música bem legal e achei legal mostrá-la para o público.

TF - Se tiver que escolher a melhor série tokusatsu e anime, e mesmo um bom mangá, quais suas preferências?
Ricardo Cruz – Tokusatsu gosto de Metalder, Jetman... Anime sou fã de Dragon Ball e nos mangás pago pau pro Akira Toriyama. Racho o bico com as coisas que ele desenha! 


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